Estas são as bizarras características que os homens achavam atraentes na década de 1960

Para muitas pessoas, a década de 1960 é considerada uma era de grandes mudanças em relação aos tradicionais estereótipos de gênero. No entanto, as mulheres em geral ainda tinham que se adequar às rígidas expectativas da sociedade - possivelmente impostas por indivíduos do sexo oposto. O detalhe é que algumas das coisas que os homens pareciam achar atraentes naquele período são totalmente bizarras.

40. Pernas à mostra

Os anos 60 deram origem talvez a uma das maiores declarações de moda de todos os tempos: a minissaia. Popular entre as jovens da época, a vestimenta que deixava as pernas à mostra viria a representar mais tarde toda uma era de emancipação sexual. Naquele tempo, porém, alguns tratavam a peça simplesmente como uma forma de se rebelar contra os pais.

39. Pernas perfeitas

Dada a popularidade da minissaia, ter pernas impecáveis tornou-se uma nova preocupação para as mulheres. Muito antes de Kim Kardashian lançar sua própria linha de maquiagem corporal, as mulheres da década de 1960 realmente começaram a maquiar suas pernas para garantir que ficassem perfeitas. A propósito, isso já havia acontecido antes, visto que as meias-calças se encontravam escassas durante a Segunda Guerra Mundial.

38. Ações recatadas

Como mencionado anteriormente, os anos 60 costumam ser vistos como um período de libertação para as mulheres. Contudo, ainda se esperava que elas ficassem em segundo plano na sociedade. Em alguns estados, por exemplo, as mulheres não eram autorizadas a servir em júris ou a estudar em certas faculdades. Mesmo depois que a pílula anticoncepcional foi introduzida em 1960, muitas mulheres solteiras não tinham permissão para usar.

37. Bebida com moderação

Hoje falamos da década de 1960 como se fosse ótima, entretanto, não foi exatamente assim para todo mundo. Ainda que a sociedade em geral estivesse bem com as mulheres bebendo licor, esperava-se que elas fizessem isso de maneira feminina. Ou seja, uma bebida no jantar era admissível, todavia, qualquer coisa que passasse disso poderia ser considerado inapropriado. Ficar bêbada, então, era inaceitável.

36. Estilo 'Lolita'

Enquanto a curvilínea Marilyn Monroe se mostrou como uma notável pin-up, os anos 60 anunciaram um tipo de musa completamente diferente. Inspirada na modelo britânica Twiggy e outras similares, o novo padrão de beleza feminino consistia em ser magra e juvenil. Acredita-se que o estilo "Lolita" era, na verdade, uma rejeição da maturidade - em relação tanto às roupas quanto às atitudes.

35. Desinteresse

Outra tendência que Twiggy aparentemente ajudou a popularizar foi o olhar distante. Isso fez com que as mulheres demonstrassem estar em um constante estado de tédio. O fenômeno, aliás, pode ter surgido porque ainda era considerado tabu para as mulheres parecerem inteligentes. As vagas expressões, portanto, tornaram-se comuns.

34. Sem emprego

Ao buscar a esposa perfeita na década de 1960, a maioria dos homens não levava em conta os empregos das mulheres. Isso porque se esperava que elas dessem prioridade à família após o casamento. Como resultado dessas expectativas, as mulheres frequentemente desistiam de suas carreiras para se dedicarem aos filhos.

33. Castidade

Com a revolução sexual em seus dias iniciais, as mulheres ainda tinham que se comportar de um específico modo durante o namoro. Elas, por exemplo, não podiam beijar no primeiro encontro e precisavam se vestir adequadamente. Qualquer detalhe que pudesse ser considerado promíscuo era desaprovado. Ao mesmo tempo, no entanto, as mulheres deveriam se exibir livres e animadas.

32. Sem sutiã

Enquanto algumas mulheres abandonaram seus sutiãs por uma dissidência política durante os anos 60, outras se livraram das roupas de baixo para simplesmente fazer uma declaração de moda. Em parte, a tendência foi desencadeada pelo estilista Yves Saint Laurent, o qual colocou modelos sem sutiã em seus desfiles a fim de emanar uma sensibilidade mais livre.

31. Subserviência

Nas famílias comuns da década de 1960, os homens mandavam e as mulheres obedeciam. Dessa forma, mesmo que o marido estivesse errado, a esposa assumia a culpa. Nas colunas de problemas femininos da época, as esposas eram frequentemente compelidas a ver as questões dos pontos de vista de seus maridos para se corrigirem.

30. Esportes

No final dos anos 60, houve bastante incentivo para que as mulheres praticassem algum esporte, resultando em muitos indivíduos do sexo feminino envolvidos no meio esportivo. Essa movimentação toda, inclusive, culminou na lei de 1972 a qual determinou que equivalentes montantes de financiamento federal fossem fornecidos para ambos os sexos no nível universitário. Antes disso, porém, a participação em competições esportivas aparentemente não era vista como uma prioridade para as mulheres.

29. Sem vida de atleta

O problema é que as mulheres nos esportes profissionais ainda não eram levadas a sério. Se uma garota desejasse participar de um determinado evento esportivo, ela já poderia esperar uma reação negativa por parte dos homens. A propósito, as mulheres foram banidas de diversas maratonas. É por isso que Kathrine Switzer causou a maior polêmica em 1967 ao correr a Maratona de Boston sob o ambíguo nome de K. V. Switzer.

28. Zero participação militar

Outra esfera da vida pública da qual as mulheres foram excluídas na década de 1960 foi a militar. Elas eram proibidas de se inscreverem em academias militares, visto que as saudações e marchas eram impróprias para uma dama. Pois é, a Academia de West Point só permitiu estudantes do sexo feminino no ano de 1976.

27. Em segundo lugar

A verdade é que as revistas femininas dos anos 60 revelam muito a respeito dos papéis de gênero daquele período. Em um revelador artigo da Cosmopolitan, publicado em 1965, as leitoras foram aconselhadas sobre as "38 maneiras de agradar um homem". Uma das dicas sugeriu que as esposas não acordassem seus parceiros, mesmo que estivessem se sentido sozinhas. Também, as mulheres foram incentivadas a dar sua "total atenção antes do casamento quando ele estiver contando o que aconteceu no escritório".

26. Como a Cher

Além de Twiggy, outro grande ícone de estilo da década de 1960 foi Cher. A cantora ganhou muito respeito ao entrar na indústria musical predominantemente masculina e misturar as coisas com seu estilo único. Naquele tempo, Cher era conhecida não só por seus longos cabelos escuros, como também por ostentar as últimas tendências, cativando a todos.

25. Cílios longos e volumosos

Twiggy era fã de longos e volumosos cílios, tanto que ajudou a popularizar a tendência entre as jovens daquela época. Nos anos 60, os cílios daquele jeito eram revolucionários - aliás, seguem populares até hoje devido, em parte, a algumas celebridades, como as Kardashians. Assim, para conseguir deixar os cílios iguais aos da Twiggy, as mulheres usavam bastante rímel e finalizavam com delineador.

24. Lugar no 'mundo dos homens'

Os anúncios da década de 1960 não faziam nada para quebrar os nocivos estereótipos de gênero. Um ridículo anúncio de gravatas, por exemplo, pede que "mostrem a ela que o mundo é dos homens". A ilustração que acompanha a frase retrata uma mulher ajoelhada ao lado da cama do marido enquanto o presenteia com uma bandeja de comes e bebes.

23. Nada de bancar a puritana

Embora a castidade fosse valorizada nas mulheres dos anos 60, elas não deveriam levar as coisas longe demais. Um artigo de 1957 do Ladies' Home Journal, por exemplo, alertava as mães: "Se sua filha é muito recatada, não tem espontaneidade e está sempre em conflito, ela pode não ser capaz de fazer um casamento feliz".

22. Botas de cano longo

Vestir aquelas justas minissaias deixavam as pernas das mulheres expostas demais. Não foi surpresa, então, quando as botas de cano longo se tornaram extremamente populares. Ainda que fossem, de início, mais utilizadas por dançarinas adolescentes, as botas viraram moda no final da década.

21. Feita para casar

Na década de 1960, era importante que as mulheres fossem feitas para casar. O Ladies' Home Journal chegou a fazer um questionário em 1957 para que as mães pudessem avaliar o potencial de suas filhas como esposas. Lá, perguntavam se a garota tinha ido a encontros às cegas, se ela era "carinhosa quando namorava" e se a menina "se recusava a ir à igreja com frequência". Tudo isso sendo visto como algo negativo.

20. Andrógina

Apesar da sociedade ter carregado rígidas ideias acerca dos papéis de gênero nos anos 60, a década marcou o início do Movimento de Libertação das Mulheres. O grupo passou a desafiar as noções de feminilidade e acabou dando origem à moda andrógina. Twiggy, claro, ajudou a propagar essa tendência. Por causa de seu esguio corpo e curto cabelo, ela apresentou-se como a personificação do popular aspecto masculino daquele período.

19. Habilidades em massagem

Mesmo nos dias de hoje, encontrar um parceiro que saiba fazer uma boa massagem seria um bônus. Contudo, um artigo da Cosmopolitan de 1965 encorajava as mulheres a aprimorar suas habilidades em massagem a fim de agradar os homens. "A ideia dele de Nirvana é uma intensa massagem nas costas", aconselhou. "Faça um curso de massagem sueca".

18. Cabelos longos e soltos

Devido à influência de estrelas como Cher, fios longos e soltos tornaram-se comuns entre ambos os sexos durante a década de 1960. Desse jeito, tanto para os homens quanto para as mulheres, aquele estilo era considerado uma forma de rebeldia em relação aos trabalhosos penteados das gerações passadas. Entretanto, à medida que a década avançava, as esvoaçantes madeixas passaram a ser cada vez mais associadas ao crescente movimento hippie.

17. Igualdade salarial

De acordo com um artigo de 1974 da Cosmopolitan, o único modo das mulheres conseguirem ganhar o mesmo que os homens seria caso elas arrumassem um "emprego de homem". Todavia, o texto advertia que nem todas eram adequadas para tais tarefas. Portanto, para determinar se as leitoras estavam à altura do trabalho, a Cosmopolitan pediu para que elas se perguntassem se "poderiam continuar sem uma dose diária de elogios".

16. Profissionalismo

Caso as mulheres fossem bem sucedidas o suficiente para chegar ao "mundo dos homens", o artigo da Cosmopolitan alertava que não tinha lugar no escritório para romance. "Você pode considerar os homens como pessoas em vez de objetos sexuais?", questionou o texto. Em seguida, declarou: "O mundo do trabalho está cheio de homens e eles não estão lá para flertar".

15. Roupas de vinil

De todas as tendências da moda dos anos 60, as roupas de vinil foram uma das mais extravagantes. Feitas de plástico PVC, as peças eram conhecidas por sua brilhante aparência e transparente estilo. Até Audrey Hepburn, um grande ícone da moda, parece ter abraçado essa tendência ao vestir um terninho de vinil preto para o filme Um Caminho para Dois.

14. Jovens

Em 2013, a idade média ao se casar de uma pessoa nos Estados Unidos era de 27 anos para as mulheres e 29 anos para os homens. Na década de 1960, no entanto, as pessoas casavam-se muito mais novas, tanto que 79% dos adultos eram casados. Dessa maneira, as mulheres costumavam se casar com 20 anos e os homens com 23 anos.

13. Seios pequenos

À medida que as curvas começaram a sair de moda, corpos mais magros ganharam destaque - bem como seios pequenos. Linda Przybyszewski, autora de The Lost Art of Dress: The Women Who Once Made America Stylish, explicou que durante os anos 60 "as mulheres curvilíneas foram deixadas de lado em favor das adolescentes abaixo do peso". Logo, seios grandes passaram a não ser mais atraentes.

12. Pouco bumbum

Além disso, ter um um bumbum grande já não era mais algo bom. Segundo Linda Przybyszewski, um artigo de uma edição da Vogue na época tratou a respeito de uma mulher que "reduziu seus quadris de 99 cm para 86 cm por meio de exercícios, 'ficando em pé corretamente' e usando 'um especial rolo de massa'". Pois é, a obsessão da década de 1960 pela magreza não era muito saudável.

11. Dona de casa

Os anúncios dos anos 60 deixavam claro que o lugar da mulher ainda era em casa. A verdade é que, embora a década seja geralmente considerada como uma era de grandes mudanças, as mulheres continuaram a ter menos direitos do que os homens. De modo geral, os únicos papéis que se esperava que elas desempenhassem eram os de donas de casa e objetos de desejo.

10. Zero formação universitária na Ivy League

Durante a década de 1960, era extremamente incomum para uma mulher ter uma formação universitária na Ivy League. Apesar das universidades de Cornell e Pensilvânia aceitarem estudantes do sexo feminino desde 1870, estas instituições só faziam isso em raras circunstâncias. Enquanto Princeton e Yale foram admitir mulheres em 1969, Brown, Dartmouth e Harvard seguiram o exemplo somente durante os anos 70. Porém, foi a Columbia que resistiu por mais tempo, aceitando suas primeiras alunas em 1981.

9. Penteado beehive

Junto com os longos cabelos soltos, o penteado beehive foi bastante popular nos anos 60. Acredita-se que Margaret Vinci Heldt, uma cabeleireira de Chicago, surgiu com esse estilo em 1960. Naquele tempo, contudo, ela mal sabia que o beehive viria a ser um dos penteados mais icônicos da história.

8. Frágil

Por muitos anos, as mulheres foram consideradas o sexo frágil. No início da década de 1960, essa visão parecia improvável de mudar - ainda mais com anúncios como este de 1959, da Drummond. Lá, estava escrito: "As mulheres dentro de casa são úteis - até mesmo agradáveis. Já em uma montanha, elas são uma espécie de fardo. Então, não vá arrastá-las para um penhasco só para mostrar seus suéteres de escalada da Drummond".

7. Sem futuro profissional

Nos anos 60, esperava-se que as mulheres desistissem de suas carreiras quando chegasse a hora de casar e ter filhos. Seu novo emprego consistia em ser dona de casa - uma tarefa que parecia exigir 55 horas de trabalho por semana. Ao discutir essa injustiça em seu histórico livro de 1963, A Mística Feminina, Betty Friedan escreveu: "Uma mulher hoje se sente esquisita, sozinha e culpada se, simplesmente, quiser ser mais do que a esposa de seu marido".

6. Renúncia do controle de suas finanças

Durante a década de 1960, as mulheres eram proibidas de abrir contas bancárias ou ter cartões de crédito sem a aprovação por escrito de seus maridos. Além disso, as mulheres solteiras poderiam ter seus cartões de crédito negados. Foi somente com a Lei de Igualdade de Oportunidade de Crédito, aprovada em 1974, que os bancos pararam de recusar cartões de crédito às mulheres com base apenas em seu gênero.

5. Descuido

Se considerarmos um certo anúncio de 1964 da Volkswagen, era normal as mulheres daquele período serem descuidadas em relação aos carros. Lá, constava: "As mulheres são delicadas e gentis, mas batem nas coisas". Aquela propaganda de uma só página ainda acrescentou: "Se sua esposa bater o Volkswagen em algo, não faz mal. As peças da VW são fáceis de substituir".

4. Questionáveis práticas de higiene feminina

A questão da higiene feminina continua sendo controversa até nos dias atuais - entretanto, fizemos alguns avanços desde os anos 60. Naquela época, a ducha vaginal era comum e incentivada por anúncios em revistas femininas. As duchas ginecológicas, aliás, eram comercializadas de um jeito que levava as mulheres a acreditarem que os homens não as achariam desejáveis se não usassem uma.

3. Habilidades na cozinha

Em outro terrível anúncio da década de 1960, a mulher é retratada como a cozinheira pessoal de seu marido. A propaganda de uma batedeira da Kenwood Chef mostrava um casal sorrindo ao lado de seu novo eletrodoméstico para a cozinha. Todavia, ainda que isso parecesse inocente, a legenda marcava: "O chefe faz tudo, menos cozinhar - é para isso que servem as esposas".

2. Cigarro com moderação

Mesmo que o hábito não seja incentivado hoje em dia, as mulheres que fumavam nos anos 60 eram consideradas incrivelmente atraentes. No entanto, elas só podiam fumar quando fosse apropriado. Era visto, por exemplo, como falta de educação uma mulher fumar na rua. Inclusive, elas deveriam carregar seus próprios cigarros. "Nenhum homem se casará com uma mulher que está sempre pegando o cigarro dele", Peg Bracken advertiu em seu guia de etiqueta de 1964, I Try to Behave Myself.

1. Limpeza

Como dito anteriormente, as mulheres da década de 1960 costumavam se dedicar à casa. Assim, os serviços da residência da família muitas vezes recaíam sobre elas. Os anúncios de produtos e aparelhos de limpeza eram quase sempre direcionados às mulheres. Uma propaganda de aspirador de pó, por exemplo, afirmava: "Na manhã de Natal (e para todo o sempre), ela será mais feliz com um Hoover".