Os guerreiros de Genghis Khan tiveram que viver de acordo com estas impiedosas regras

As hordas mongóis de Genghis Khan criaram um dos maiores impérios que o mundo já viu! No entanto, isso teve um preço. A verdade é que esse líder não hesitou em ser cruel. O sádico governante determinou rígidas regras para controlar o comportamento de seu exército tanto dentro quanto fora do campo de batalha. Como você pode imaginar, quem ousou desafiá-lo sofreu graves consequências. Assim, aqui está como realmente foi ser um dos guerreiros de Genghis Khan.

20. Guarde o segredo da tumba de Genghis Khan

Genghis Khan morreu em um dia de verão de 1227. Por ser um grande governante, era para ele ter sido enterrado em uma vistosa e espetacular tumba. Porém, isso esteve muito longe de acontecer, visto que o próprio imperador supostamente exigiu o contrário.

Ao que parece, Genghis Khan já havia ordenado que fosse enterrado em segredo - e que absolutamente nada marcasse o lugar em que sua tumba estivesse. Dessa forma, quando Genghis Khan morreu, seus soldados levaram seu corpo para um sigiloso local. Eles chegaram ao ponto de até fazer mil cavalos trotearem sobre a tumba do governante para destruir qualquer sinal de sua existência! Depois de 800 anos, as pessoas seguem sem saber onde estão os restos mortais dessa importante figura.

19. Torne-se um mestre arqueiro

Uma das principais razões por trás de Genghis Khan ter sido tão bem-sucedido? Seus guerreiros possuíam incríveis habilidades com arco e flecha. Contudo, a arte da arquearia não surgiu do nada. Pois é, Genghis Khan garantiu que o povo mongol fosse ensinado desde a infância. Aliás, competições eram realizadas para testar as crianças - meninos e meninas - na luta livre, na equitação, no atletismo e, claro, no tiro com arco.

Genghis Khan precisava que seus soldados não só tivessem um alto nível de habilidade com o arco, como também fossem especialistas em disparar flechas enquanto cavalgavam seus cavalos. Inclusive, o líder certificou-se de que seus guerreiros tivessem os melhores arcos disponíveis. Na época, aquelas armas de madeira eram extremamente modernas e, nas mãos certas, mortais.

18. Coloque o cavalo em primeiro lugar

É possível argumentar que, para um soldado mongol, não havia nada mais importante do que seu cavalo. Entretanto, esses guerreiros não possuíam apenas um. De acordo com a World History Encyclopedia, eles costumavam viajar com um pequeno rebanho de quatro ou cinco corcéis. Desse jeito, sempre teriam um cavalo quando Genghis Khan os chamasse.

Isso deu aos mongóis uma significativa vantagem sobre seus rivais. Com aqueles animais, afinal, eles podiam percorrer grandes distâncias em alta velocidade. Todavia, o cavalo era primordial para Genghis Khan por outro motivo. Como os animais eram valiosíssimos naquele período, podemos supor que qualquer soldado mongol que se prezasse cuidaria muito bem daqueles corcéis.

17. Esteja preparado para recuar

O estereótipo das hordas mongóis correndo pela estepe e destruindo tudo em seu caminho tem fundamento. No entanto, eles nem sempre venceram as batalhas indo para cima dessa maneira. Os guerreiros eram muito mais espertos, tanto que a retirada tática foi uma estratégia de guerra que Genghis Khan utilizou para obter excelentes resultados.

Conforme a revista HistoryNet, os mongóis atacavam com uma força relativamente fraca e, de repente, recuavam em total desordem. Era só quando o inimigo partia para cima daqueles homens que a principal força mongol de fato atacava. Ao pegar de surpresa seus rivais em avanço, os homens de Genghis Khan facilmente os derrotavam. Ao que tudo indica, essas falsas retiradas renderam a eles inúmeras vitórias.

16. Respeite diferentes religiões

Brutalmente, Genghis Khan conquistou grandes partes da Ásia, do Oriente Médio e da Europa. Sua tolerância religiosa, então, acabou sendo uma surpresa. Apesar das crenças dos mongóis terem sido centradas no xamanismo, nos espíritos e na adoração dos ancestrais, eles aparentemente não possuíam nenhum desejo de impor sua religião aos povos que dominavam. Por que será?

Ao que parece, Genghis Khan achava que tentar impor a religião aos outros não valia a pena. Os mongóis também se esforçaram para se aliar aos líderes religiosos das terras que conquistaram, concedendo isenção fiscal ao clero e aos locais sagrados. O rumor que corre é que Genghis Khan acreditava que a concessão da liberdade religiosa tornaria menos provável que as nações vencidas se rebelassem.

15. O serviço militar é obrigatório

Talvez, Genghis Khan precisasse mesmo era de mão de obra. Quanto mais soldados ele tivesse sob seu comando, mais fácil seria alcançar suas ambições territoriais. Desse modo, não surpreende o fato dos mongóis não terem dependido de voluntários. Até porque rigorosas leis ditavam quem deveria estar pronto para servir naquele exército.

Todos os homens fisicamente aptos, de 16 a 60 anos de idade - alguns frisam ser de 15 a 70 -, poderiam ser chamados para servir como guerreiros. No livro The Mongol Art of War, de 2017, Timothy May estimou que um em cada sete da população mongol era um soldado. Aquela sociedade foi, portanto, bastante militarizada.

14. Divida o que foi saqueado

Se há uma forma de perder a lealdade de seus guerreiros, é deixando de pagar o que acreditam que merecem. Os mongóis não recebiam nada parecido com um pagamento fixo, a verdade é que os combatentes aguardavam ser generosamente recompensados por meio das pilhagens. Porém, Genghis Khan possuía uma regra em relação a isso.

Como os mongóis conquistaram muitos povos, eles acabaram saqueando objetos de valor que iam desde ouro e prata até cavalos e escravos. Desse jeito, Genghis Khan assegurou que houvesse um sistema justo de divisão do que foi tomado. Isso, claro, somente ocorria quando o inimigo era totalmente derrotado. Logo, um comitê especial chamado jarqu passou a administrar os pagamentos.

13. Igualdade perante a lei

Outro inusitado aspecto do governo de Genghis Khan envolveu a formulação de um conjunto de leis que resultou em um certo grau de igualdade entre o povo mongol. O livro Modern Mongolia: Reclaiming Genghis Khan aponta que as leis do governante fizeram isso de duas maneiras.

Para começar, as leis de Genghis Khan indicavam que seriam promovidos os melhores soldados, não influenciando na decisão o fato de serem vinculados ou não às famílias dominantes. Além disso, as leis mongóis de fato deram proteção e status à população feminina. Em uma época que os direitos das mulheres eram praticamente inexistentes, as mulheres mongóis costumavam ocupar posições de poder político e servir como xamãs.

12. Obedeça sempre

Em relação à incondicional obediência por parte dos guerreiros, Genghis Khan e seus generais eram como um só. As ordens precisavam ser acatadas a todo momento, tanto que soldados e até mesmo oficiais podiam ser chicoteados caso não seguissem as normas à risca. A propósito, se algum equipamento de um guerreiro chegasse a desaparecer, era o oficial encarregado dele que levava a punição.

Algumas infrações eram resolvidas até por meio da execução. Crimes que levavam à sentença de morte incluíam adormecer em serviço de guarda, deserção ou recuo sem autorização. Segundo o site Grunge, o frade italiano Giovanni da Pian del Carpine viajou às terras mongóis em 1245 e deixou registrado o seguinte trecho: "Estes homens... são mais obedientes a seus comandantes do que quaisquer outros homens do mundo. Lutas, brigas, ferimentos [e] assassinatos nunca são vistos entre eles".

11. Ataque e fuja

A principal força do exército de Genghis Khan tratava-se dos arqueiros montados a cavalo. Estas tropas móveis foram ideais para uma das táticas de batalha favoritas dos mongóis, a qual consistia em atacar e fugir, de modo que precisava ser praticada e aperfeiçoada o tempo todo.

Muitas vezes fazendo uso de seus arcos de forma fatal, os exércitos atacavam em alta velocidade e recuavam antes que seus rivais tivessem tempo de se organizar. Eles faziam essas rápidas investidas a cavalo repetidas vezes, ficando fora do alcance das armas do inimigo. Apenas quando seus oponentes estivessem completamente desalinhados pela táticas de ataque e fuga que os mongóis, de fato, finalizavam com um devastador ataque.

10. Atinja os líderes inimigos

Uma maneira de desestabilizar um exército inimigo é derrubando seus líderes. Óbvio, então, que essa foi uma tática que Genghis Khan incentivou suas tropas a seguir. Aliás, essa estratégia foi adotada por Genghis Khan em suas primeiras campanhas militares. A fim de unir o povo mongol sob um único governante - ele, no caso -, aquele homem lutou bravamente.

Genghis Khan logo percebeu que permitir que os líderes adversários escapassem era um erro. Afinal, mesmo após a derrota no campo de batalha, eles podiam reunir seus seguidores e partir para uma nova luta mais tarde. Desse jeito, ele sempre se certificou de que seus generais e governantes rivais fossem mortos.

9. Lute na hora certa e no lugar certo

Genghis Khan era um mestre em algo bastante importante em uma guerra: escolher a hora e o lugar certo para enfrentar seus inimigos. O líder mongol só atacava um oponente quando se encontrava convencido de que as circunstâncias eram completamente favoráveis a ele.

Sob o habilidoso comando de Genghis Khan, as forças mongóis às vezes acabavam se dividindo em pequenos grupos para evitar uma inadequada batalha. Contudo, eles voltavam a se reunir quando a hora certa de atacar chegava. Muitas vezes, isso virava um ataque surpresa que rapidamente terminava em derrota para o exército rival.

8. Ataque pela lateral

O modo mais óbvio de travar uma batalha é indo para cima da força inimiga. Genghis Khan, entretanto, possuía uma série de inteligentes táticas em seu repertório. Uma dessas estratégias, inclusive, era chamada de manobra de flanco, a qual alguns de seus soldados evitavam o centro das forças adversárias e seguiam pela lateral.

Genghis Khan, assim, conseguia cercar o exército rival. Esta tática poderia até ser combinada com uma retirada planejada. Dessa forma, quando o inimigo avançasse para dar início à perseguição, os mongóis poderiam atacar tanto pela lateral quanto pela retaguarda. Também, os mongóis em retirada seriam capazes de virar e partir para um ataque frontal. Bem, foi por causa de todas essas estratégias que Genghis Khan acabou derrotando grandes exércitos.

7. Vença com a engenharia

Uma fortificada cidade apresentou a Genghis Khan um problema totalmente diferente do que possuía no campo de batalha. Escondido atrás de altas muralhas, um inimigo poderia resistir por longos períodos caso tivesse suprimentos suficientes dentro de sua cidadela. A verdade é que, a menos que conquistasse tal fortaleza, Genghis Khan não poderia se sentir seguro no território que havia invadido. Portanto, o que ele fez?

Genghis Khan certificou-se de que o exército mongol tivesse engenheiros e especialistas na condução da guerra de cerco. Muitos desses habilidosos homens, a propósito, vieram de territórios chineses e muçulmanos conquistados por Genghis Khan. Eles usavam pólvora, enormes catapultas capazes de lançar pedras contra os muros dos castelos, artilharia e até foguetes para destruir as defesas.

6. Separe seus inimigos

Genghis Khan dominava frequentemente pela força das armas. Todavia, ele não era avesso ao uso da diplomacia ou da dissimulação quando isso tornava a vitória mais fácil para o seu lado. Por exemplo, sempre que viam a oportunidade, os mongóis trabalhavam para aumentar a hostilidade existente entre as diferentes facções de seus rivais.

Em The Mongol Art of War, Timothy May citou as palavras de um nobre francês do século 13 chamado Jean de Joinville. O homem escreveu: "Sempre que os mongóis desejam guerrear contra os sarracenos, eles enviam cristãos para lutar contra eles. Por outro lado, empregam sarracenos em qualquer guerra contra os cristãos". Foi exatamente desse jeito que Genghis Khan enfraqueceu seus adversários, utilizando a inimizade que já existia entre eles a seu favor.

5. Movimente-se rapidamente

Um dos principais elementos do sucesso de Genghis Khan e sua horda era a mobilidade. Com seus robustos cavalos, eles tinham condição de percorrer grandes distâncias em alta velocidade, de maneira que conseguiam confundir seus inimigos ou pegá-los de surpresa. Ao que parece, foi só com a chegada da infantaria mecanizada no século 20 que uma mobilidade militar tão veloz foi vista novamente.

A World History Encyclopedia aponta que, às vezes, Genghis Khan fazia com que os guerreiros mongóis cobrissem 120 km por dia a cavalo. Para garantir que pudessem manter esse elevado ritmo, os soldados tinham à disposição até 16 montarias. Devido a esse alto nível de mobilidade, eles podiam não só alcançar grandes distâncias de modo bastante rápido, como também agir com velocidade mortal no campo de batalha.

4. Reúna informações

Genghis Khan não conduzia seus guerreiros à batalha até que houvesse cuidado de cada detalhe. A HistoryNet ressalta que um crucial elemento do pré-ataque dos mongóis era a coleta de informações. Como era importante saber quantos soldados o general adversário possuía, uma contagem das tropas era realizada de início.

Eles aprendiam o que podiam a respeito de seu inimigo, tanto que, a fim de coletar informações no território rival, os mongóis infiltravam-se como religiosos ou comerciantes. Além disso, eles buscavam por qualquer traidor em potencial que estivesse disposto a lutar pela causa mongol. Ou seja, quando as tropas de Genghis Khan começassem a avançar, isso significava que os espiões já tinham relatado acerca de toda a configuração do terreno. Pois é, nada era por acaso!

3. Use todas as armas disponíveis

A espessa nuvem de flechas que os guerreiros mongóis tinham potencial para lançar provavelmente aterrorizaram seus adversários. No entanto, Genghis Khan possuía outros recursos. Não era à toa, aliás, que seus soldados contavam com um arsenal completo de outras temíveis armas.

Esse material foi visto, por exemplo, em 1221 no Cerco de Nixapur - que fica, inclusive, no Irã hoje em dia. Quando os mongóis cercaram aquela área, eles contavam com 300 balistas, que são grandes catapultas capazes de arremessar rochas ou lanças contra o exército rival. Por precaução, eles levaram mais três mil poderosas balestras. O resultado disso? A fortificada cidade caiu em somente três dias e todos os seus cidadãos foram massacrados.

2. Utilize a tecnologia inimiga

A adaptabilidade foi um dos principais pontos fortes de Genghis Khan. Afinal, no início das campanhas militares dos mongóis, o armamento deles era bastante primitivo. Porém, à medida que conquistavam mais terras, eles começaram a fazer uso das avançadas tecnologias militares e das táticas de combate dos seus adversários.

Quando os mongóis passaram pelo Sudoeste Asiático, eles roubaram capacetes de aço, cotas de malha, couraças e até armaduras para seus cavalos. Isso significava, então, que além de sua tradicional cavalaria ligeira, os guerreiros criaram condição de empregar também a calavaria pesada. Espertos!

1. A equitação é obrigatória

Os cavalos foram fundamentais na cultura mongol e um importante elemento para seu sucesso no campo de batalha. A equitação apresentava-se tão significativa que havia até uma lei determinando que todas as crianças deveriam aprender a montar a cavalo. Assim, para as tropas de Genghis Khan, cavalgar era tão normal quanto andar. Os mongóis, a propósito, tiraram vantagem de uma simples invenção: os estribos.

Quando e onde os estribos foram de fato inventados segue sendo um mistério, contudo, os mongóis certamente usaram essas peças. Montar com estribos facilitava a vida do soldado, o qual conseguia permanecer em seu cavalo com as duas mãos livres. Isso permitiu, portanto, que o exército se encontrasse pronto para disparar flechas enquanto cavalgava em alta velocidade - uma assustadora habilidade que contribuiu para que vencessem tantas batalhas.